sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Obama diz que não sabia de "grampos". E o show de cinismo continua...

Segundo Obama, ele não busca saber a origem das informações obtidas sobre os aliados05.11.13/SAUL LOEB / AFP
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira (7) que não sabia como os serviços de Inteligência obtinham informações sobre os países aliados, após o mal-estar diante das revelações de espionagem contra diversos líderes europeus.
"Como todos os presidentes, quando me mostram dados de Inteligência, em particular quando se trata de aliados como a Alemanha, não fico procurando saber a origem da informação", disse Obama à rede de televisão NBC.
— Se são outros países envolvidos, que representam uma ameaça para os Estados Unidos, então não apenas me interesso pela informação, mas também sobre como foi obtida, porque aí sim isto é relevante.
A Casa Branca prometeu conter as atividades de espionagem dos serviços americanos após uma onda de protestos de países europeus e latino-americanos decorrentes das revelações do ex-assessor de Inteligência Edward Snowden.
Segundo documentos vazados por Snowden, a NSA (Agência Nacional de Segurança) "grampeou" o celular da chanceler alemã, Angela Merkel, e comunicações eletrônicas da presidente Dilma Rousseff, entre outros líderes mundiais.

Relações abaladas

A confiança que os alemães têm nos Estados Unidos caiu consideravelmente depois das revelações sobre as suspeitas de espionagem americana, segundo uma pesquisa publicada na noite de quinta-feira (7).
De acordo com esta pesquisa, realizada pela rede de televisão pública alemã ARD, apenas 35% dos alemães consideram que os Estados Unidos são um sócio no qual se pode confiar, ou seja, 14 pontos a menos que em julho.
Segundo a pesquisa, realizada com 1.002 pessoas entre os dias 4 e 5 de novembro, 61% dos alemães acreditam que os Estados Unidos não são um sócio digno de confiança.
Os alemães também se mostram céticos ante Obama. Apenas 43% estão satisfeitos com seu trabalho, ou seja, 32 pontos a menos em comparação com setembro de 2012.

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